quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Torta de carne com banana

Para o prato de hoje, convide alguns amigos para beber vinho e degustar queijos finos. Abra uma safra da uva de sua preferência. Sugiro uma Cabernet Sauvignon do argentino Finca Fichman.
Em se tratando de vinho, tudo me agrada: a escolha na adega, o uso do saca rolhas, o derrame na taça, a análise da cor e do aroma e as inúmeras e indescritíveis sensações do líquido passeando nas papilas gustativas.
Siga entornando o vinho aos poucos- na taça e na língua- enquanto prepara a massa, que leva 3 xícaras de farinha de trigo, 150g de manteiga e 12 colheres de água. É só amassar tudo com as mãos.
Em seguida, prove dos variados queijos que estão sendo servidos de entrada. Misture-os na boca com o vinho, enquanto prepara o recheio da torta.
Com a taça na mão, doure 1 cebola picada, frite 300g de carne moída, adicione 1 colher de chá de curry e sal a gosto.
Para deixar a torta mais saborosa, misture muitas risadas na cozinha depois que o vinho já tiver subido um pouquinho para a cabeça e aproveite para molhar, no leite, 6 fatias de pão de fôrma sem casca. Acrescente-as à carne moída com meia xícara de uvas passas. Forre uma forma de vidro com a massa, coloque um pouco de recheio e 1 banana em fatias por cima. Adicione o restante da carne, outra banana e mais uvas.
Por último, uma pequena parte da massa, previamente reservada, você estica na bancada, pressiona com rolo de massa e corta em finas tiras para finalizar a decoração da torta. Se não tiver rolo de massa, use a garrafa de vinho mesmo. A uma hora dessas, ela já estará vazia mesmo. E vocês, bêbados...
A torta assa por 30 ou 40 minutos. Nesse tempo você arruma o quarto com muitas almofadas para assistir ao filme Estômago http://www.estomagoofilme.com.br/ de bucho cheio!


Cyntia Dutra


Este foi o primeiro post da nova colaboradora do Blog. Toda vez que cozinharmos, vamos também escrever juntos. Agora que vocês provaram... Aprovaram?

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Frango "estressado" na mostarda

Eu podia engolir um tarja preta. Ou dois, ou uma caixa inteira.
Mas é melhor picar uma cebola pequena, amassar um dente de alho e dourar na manteiga.
Eu podia pegar o carro e acelerar pela BR até me esquecer de fazer uma curva.
Só que é mais seguro misturar um peito de frango cortado em cubos e fritar até que fique branco.
Eu podia comprar um uísque e tomar doses e mais doses de cowboy de manhã cedo.
Mas eu adiciono um copo de água, um caldo de galinha e deixo cozinhar.
Eu podia me render ao cansaço, mergulhar a cabeça no travesseiro e chorar, se as lágrimas já não tivessem secado.
No lugar disso, eu observo até a água diminuir sem secar completamente.
Eu podia desligar o telefone, fechar portas, janelas, os olhos e me desligar para sempre.
Mas é melhor acrescentar uma caixa de creme de leite, três colheres de mostarda e desligar o fogo.
Eu podia me servir com arroz colorido e salada de folhas. E é exatamente isso o que eu vou fazer.